sábado, 19 de novembro de 2011

Enfermagem do Rio de Janeiro terá carga de trabalho de 30 horas



A deputada estadual Enfermeira Rejane (PCdoB) conquistou mais uma vitória para a categoria. O secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Sérgio Côrtes, em atendimento à solicitação feita em reunião, anunciou que no edital do próximo concurso, a carga horária dos profissionais de enfermagem será de 30 horas semanais.
“Esta foi uma grande vitória da categoria. É a constatação de que unidos somos fortes. Nossa mobilização agora é pela “Caravana das 30 horas já”. Temos que estar presentes no ato público que vai acontecer durante a abertura da 14ª Conferência Nacional de Saúde, no próximo dia 30 de novembro, em Brasília”, afirmou.
A enfermagem é considerada a quarta profissão mais estressante, segundo dados da Health Education Authority, órgão da Inglaterra que trabalha para reduzir as desigualdades da saúde. Os profissionais geralmente são expostos a ambientes de trabalho insalubres, com alto índice de adoecimento. Faltam, tanto na rede de saúde pública como privada, condições mínimas, como materiais, equipamentos e ambiente apropriado para se prestar uma assistência digna ao usuário. Recentemente a categoria conquistou, pela portaria MS 576/2011, a jornada de até 20 horas semanais para os enfermeiros da Atenção Básica, mas auxiliares e técnicos continuam submetidos a uma árdua e injusta carga de 40 horas.
Segundo a parlamentar, “a luta pelas 30 horas vem sendo longa, mas é preciso continuar, principalmente pelas mudanças que virão com a regulamentação, entre elas, a melhoria dos atendimentos e dos cuidados oferecidos aos pacientes”.
“Defendo a aprovação do projeto de lei 2295/2000, que fixa a jornada de trabalho dos profissionais de enfermagem de todo o Brasil em 30 horas semanais; a adoção de piso salarial digno para que os profissionais não necessitem de uma dupla jornada de trabalho, e melhores condições de trabalho para uma categoria que permanece 24 horas prestando assistência à população. Essa luta não é apenas de uma classe profissional, mas de todo sociedade que almeja uma saúde de qualidade”, conclui.

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