domingo, 26 de abril de 2009

Trechos da CPI Fundação Zumbi dos Palmares



(...) Que, quando chegou não existia setor financeiro na fundação, somente o setor contábil, que a sala da contabilidade era fechada pelo senhor Eraldo, e que não tinha acesso a contabilidade porque o senhor Eraldo, não passava as informações.
Que, quando procurou a controladoria foi informado que as emendas dos vereadores eram processadas da seguinte forma: trinta por cento ficava para a secretaria utilizar em seus projetos e o restante era para o vereador utilizar como quisesse, fazendo seu trabalho.
Que, a fundação era usada para isso, para viabilizar os trabalhos do vereador. (...)
Que, quando tiraram o acesso da contabilidade ao sistema, ele viu que tudo estava sendo feito entre a controladoria e a procuradoria, isso foi por volta do mês de agosto.
Que, ligaram pedindo os processos e que, os processos foram levados para a procuradoria, e que a partir daí tiraram a contabilidade da fundação, para espanto do presidente, que não era reconhecido como o secretário nem respeitado como tal.
Que, em relação aos shows, eram ordenados a assinar os cheques, pois shows nacionais eram pagos antes, que assinou os shows sem ver.
Que, tinha ordem do prefeito para assinar os cheques.
Que, depois de Álvaro Cezar, chegaram emendas dos vereadores Dante, Ederval Venâncio, Jorginho Pé no Chão e Alciones e que, esses processos ficaram parados na fundação.
Que quando eram publicadas essas emendas para a fundação três quatro dias depois, por exemplo, entravam três milhões para do executivo.
Que, os processos de Álvaro Cezar, que retornaram porque estavam sem objeto, voltaram com objeto de shows.
Que, os vereadores se juntavam com o prefeito, para garantir o recebimento das emendas.
Que, procurou a prefeitura para pedir um contador, que verificou que, no quadro da prefeitura não tem contador. (...)
Que, toda vez que enviavam cheques das emendas de vereadores para serem assinados era informado que a verba da fundação sairia em seguida.
Que chegou ao ponto de retirar cinco mil reais em empréstimo pessoal, para realizar o projeto cartola.
Que, o processo referente à emenda parlamentar, do então vereador Alciones de Rio Preto, no valor de R$ 450.000,00 também foram feitas pelo senhor Eraldo.
Que, ouvia nos corredores da prefeitura que os vereadores estavam vendendo suas emendas para empresários. (...)
Que, foi o próprio depoente que efetuou a transferência de fls. 193, no banco Santander que, esclarece se tratar de um TED.
Que, esse dinheiro é referente à emenda parlamentar do vereador Álvaro Cezar.
Que, diziam que a emenda parlamentar era sagrada que pertencia aos vereadores, pois os mesmos estavam em campanha. (...)
Que, o gabinete do prefeito enviava uma relação que constavam os valores, números de processo, data dos cheques para que fosse emitido na fundação.
Que, nunca entendeu porque o prefeito era tão ausente, pois sempre vinha ordem de lá em seu nome, e que os cheques sempre voltavam pra lá.
Que acredita que o dinheiro era repartido lá mesmo.
Que, a única pessoa que conhecia no gabinete era Pedro Nissio, e que depois saiu. (...)
Que acredita que os shows não foram realizados porque era para pegar o dinheiro para a campanha.
Que Álvaro Cesar foi à fundação para fazer os processos, bem como o filho de Alciones.
Que esclarece que eles iam lá para acompanhar os processos relativos a emendas.
Que esclarece que os shows não aconteceram.
Que, todos pensavam que a fundação estava cheia de dinheiro, quando na verdade não o tinha. (...) jornal O Diário

Nenhum comentário: